Olhei no espelho
ali parado,
de um jeito
demorado.
Essas marcas,
essas expressões...
Quando foi exatamente que
ganhei ares de adulta?
Em que ano, em que esquina a
saudade foi na frente?
Que tristeza pisa em
sua sombra?
Com que espanto a velha
menina segue contente?
Cadê minha turma,
cadê meus sonhos
de adolescente?
cadê meu primeiro
amor, tão sofrido...
A casca ganhou marcas,
cicatrizes,algumas
dores...
O espírito lucrou
as asas, ganhou
alma e amores.
Caminha,
ainda.
Enquanto o caminho há...
(S.G)
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