
Esta pedra que apanhaste acaso à beira do caminho
- tão lisa de tanto rolar -
é macia como um animal que se finge de morto.
Apalpa-a... E sentirás, miraculosamente,
a suave serenidade com que os mortos recordam...
Mortos?! basta-lhes ter vivido
um pouco
para jamais poderem estar mortos
- e esta pedra pertence ao universo deles,
ao nosso Universo...
Deposita-a
no chão
cuidadosamente...
Esta pedra está viva!
(Mario Quintana)
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