quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mal Necessário



Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher

Sou as mesas e as cadeiras desse cabaré

Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo

Sou a febre que lhe queima mas você não deixa

Sou a sua voz que grita mas você não aceita

O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam

Nos bares, nas camas, nos lares, na lama

Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo

O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento

O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata

Sou o certo, sou o errado, sou o que divide

O que não tem duas partes, na verdade existe

Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
(Ney Matogrosso-escutem...)

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