segunda-feira, 30 de julho de 2012

J.K, um enfezadinho de um metro e meio

J.k- tu não é chegada em trabalhar muito não né?
Eu-  não, vai falar que é gostoso?
J.k- uma moçona dessa
Eu- Sou filha de baiano...
J.k- mas os baianos que conheço são todos 'trabalhador'
Eu- Então. Sou filha de dois baianos, trabalharam tanto que eu já nasci cansada.

Ali e só aí ele me deu o primeiro sorriso.

J.k. é o porteiro aqui do prédio, um tipo enfezado que é educado porque tem que ser, porque é politicamente correto porque se não fosse mandaría todos os moradores tomarem em seus respectivos cus.
Manjei a dele de cara e decidi não deixar ele me mostrar como agir, não reagi aos mau humores dele e tento desde então fazê-lo rir. Quem ri ao menos se dá um segundo de calma em meio ao caos. De nossos papos só reclamou, falou de violência, do trânsito, dos problemas do prédio. Eu falei pra ele dos parques, de reciclagem, de hortinha orgânica na varanda, de como é bom o trabalho dele, poder ajudar e ser gentil com pessoas o dia inteiro, que era uma benção.
Ele ainda não me engoliu e prefere a zona de conforto que é reclamar do mundo ao invés de abraçá-lo.
Eu vou vencê-lo pelo cansaço.( Ofereci meu livro,  disse que não lia. mas que sabia de tudo pela televisão
)
A verdade é uma só minha gente, quem não lê leva a vida no nascer, crescer e morrer e não é.A vida é um presente pra nós, é um eterno fluir .
De novo\: vou vencê-lo pelo cansaço, aos poucos ele já começou a sorrir pra mim....

Sil

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